Dia 252 de 365
Leitura do dia:
Salmos 126: O choro se vai
Salmos 127: O Senhor edifica
Salmos 128: Bem-aventurados os justos
Salmos 129: Lutas passadas, vitórias presentes
Salmos 130: Do abismo clamo a Ti
Introdução:
Os Salmos 126 a 130 fazem parte das Canções de Romagem, cânticos entoados pelos peregrinos a caminho de Jerusalém para as festas anuais. Esses salmos refletem as emoções e experiências dessa jornada, abordando temas como a alegria da libertação, a dependência de Deus na construção da vida e da família, a bênção da obediência, a perseverança em meio à perseguição e a profunda esperança no perdão divino. Eles nos convidam a caminhar com fé, confiança e humildade.
Resumo:
Salmos 126:
Este salmo celebra o retorno do exílio babilônico. Ele descreve a surpresa e a alegria do povo, que parecia estar sonhando quando o Senhor restaurou Sião. A canção de riso e o grito de alegria se espalharam entre as nações, que reconheceram o grande feito de Deus. O salmista, então, ora por uma restauração completa, comparando-a a riachos secos que voltam a fluir no deserto, e expressa a certeza de que aqueles que semearam com lágrimas colherão com alegria.
Salmos 127:
Atribuído a Salomão, este salmo enfatiza a soberania de Deus sobre a vida humana. Ele afirma que "se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" e que "se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela". O salmo nos lembra que o trabalho sem a bênção de Deus é inútil. Além disso, a canção de Salomão declara que os filhos são herança do Senhor e uma grande bênção, comparando-os a flechas nas mãos de um guerreiro.
Salmos 128:
Este salmo descreve a felicidade e as bênçãos daqueles que temem ao Senhor. Ele começa com a frase: "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos". O texto descreve as bênçãos materiais e familiares que vêm com a obediência, como o fruto do trabalho, a prosperidade do lar e filhos que crescem como "rebentos de oliveira". O salmo conclui com uma oração para que o Senhor abençoe Sião e que o fiel possa ver a prosperidade de Jerusalém e os filhos de seus filhos.
Salmos 129:
O salmista relembra as muitas opressões que Israel sofreu desde a sua juventude, mas afirma que seus inimigos não prevaleceram. As "lombadas dos ímpios" são comparadas a lavradores que araram as costas de Israel, mas o Senhor, que é justo, cortou as cordas dos ímpios. A canção de romagem conclui com uma oração para que todos os que odeiam Sião sejam envergonhados e sequem como a grama do telhado que murcha antes mesmo de florescer.
Salmos 130:
Este é um dos mais conhecidos salmos de arrependimento e esperança. O salmista clama a Deus "das profundezas", confessando sua necessidade de perdão. Ele reconhece que, se Deus levasse em conta todas as iniquidades, ninguém poderia subsistir. Mas a sua esperança está na misericórdia e no perdão de Deus. O salmo conclui com um encorajamento a Israel para que espere no Senhor, pois nele há "misericórdia" e "redenção", ou seja, Ele pode redimir seu povo de todas as suas iniquidades.
Aplicação para os dias atuais:
Os Salmos 126-130 nos lembram de nossa total dependência de Deus. Eles nos ensinam a celebrar as vitórias que Ele nos dá (Salmos 126), a reconhecer que nosso trabalho é inútil sem Sua bênção (Salmos 127), a encontrar a verdadeira felicidade na obediência a Ele (Salmos 128), a confiar que Ele nos protege das adversidades (Salmos 129) e a buscar Sua misericórdia em momentos de desespero (Salmos 130). Eles nos encorajam a ter fé, perseverança e esperança, independentemente de nossas circunstâncias.
Reflexão:
Esses salmos formam um guia espiritual para a jornada da vida, da peregrinação terrena à nossa jornada de fé. Eles nos mostram a importância de olhar para o passado com gratidão pelas libertações de Deus, de construir o presente com a Sua orientação e de olhar para o futuro com a certeza de que, apesar das dificuldades e dos nossos erros, a esperança no Senhor jamais será em vão.
A jornada da vida, assim como a romagem a Jerusalém, é cheia de altos e baixos, mas a alegria do retorno, a certeza do cuidado divino, a bênção da obediência, a proteção contra as lutas e a esperança do perdão são a força de quem confia em Deus.